sábado, 2 de fevereiro de 2019




A IGREJA MODERNA


Pensando esses dias, lembrei de uma pergunta que fiz a uma professora de seminário na época em que Deus me chamou à vida. Era a respeito da igreja moderna em relação a igreja de Atos.  A resposta, como novo convertido, me chocou. A pergunta era simples: nós somos iguais a igreja primitiva.  A resposta também foi simples:  "Não", disse ela.

Hoje, 25 anos depois constato à cada dia o que realmente queria dizer aquela resposta, há época, bombástica para mim:

Igreja de Atos:  os irmãos não se importavam em Ter, mas em Ser,  Dividiam o que tinham e viviam a dor uns dos outros.  Era um corpo, onde nada importava senão a pregação da verdade e o cuidado (não falo somente financeiramente) de uns para com os outros.  Sabe aquele negócio de "sua dor é a minha dor"?  É mais ou menos por aí.  O desejo é de posição, de cargos e lindos discursos, sem apascentamento.

Esse sentimento, talvez com raras exceções, já não existe mais.  A Igreja atual é egocêntrica, pensando em crescer, crescer e crescer, sem nenhum fundamento biblico sadio ou sem nenhuma teologia baseada na Sagradas Letras. Igrejas preocupadas com shows, entretenimentos, sem profundidade nenhuma.  Se canta muito bem, coloca no púlpito!  Se prega muito bem, põe pra falar!  Se está enganjado no ativismo da igreja e não sai de lá, vamos coloca-lo para que apareça!  Sei que existem irmãos sinceros, com dons e habilidades vindo do Céu, mas vamos combinar que a maioria não tem sido assim.  Vale o carisma e não o caráter!

As verdades bíblicas sendo sufocadas por idéias e doutrinas heréticas, em que nada tem haver com o que o Senhor nos deixou através de Suas Palavras, através dos patriarcas, profetas e apóstolos. Dizem: "EXPERIMENTE JESUS"!   O Senhor não é um produto para ser experimentado.  A pregação do verdadeiro evangelho tem sido negligenciada por uma pregação tão rasa quanto seus pregadores.  Alguns, fazendo palhaçada no púlpito, ficando famosos para aqueles que, espiritualmente estão mortos, fazendo a alegria do povo!!!!

a pregação de constrangimento pelo pecado, tão massificada pelo Senhor Jesus e seus apóstolos e antes os profetas sumiram da maioria dos púlpitos pseudo cristãos.  O peso do pecado não é sentido pelo pecador e com isso, não são levados à um arrependimento genuíno.

Justificação pela fé?  O que é isso?  Arrependimento profundo?  Aonde está?  Somos salvos pela graça, mas o que é isso?

Igreja apóstata.  Igreja do final dos tempos, onde o amor de quase todos se esfriaria!  Palavras do Doador da Vida, do Rei dos Reis.  Ah, Senhor, em teu nome fizemos proezas, curamos enfermos, expulsamos demônios!!!  Neste dia direi:  apartai-vos de mim, vocês que praticam iniquidade! Ou em outras versões o Senhor diz: " não vos conheço".

Igreja de multidões.  Em atos os 3 mil e depois os que vieram, segundo as Escrituras: " estavam destinados à vida eterna!"  Eleitos, segundo a soberana e livre vontade de Deus. Não são números, são vidas.  1 ovelha perdida, enquanto 99 estavam no aprisco.  Muitos são chamados, MAS POUCOS OS ESCOLHIDOS!

Igrejas de poder financeiro, com seus pastores vazios vivendo vida de rei, quando o Rei dos reis viveu como o povo.  Pastores que querem aparecer na midia.  Cantores, que se tornaram artistas. Não são ministros. São artistas, como Gil, Caetano e tantos outros.

Há muito se esqueceu que a glória é Dele, tudo é para Ele.  Desde de antes da fundação do mundo, a glória era Dele! O homem pecou?  Para glória Dele, através da Redenção!  O escravizado 400 anos pelo Egito?  Para glória Dele!  Em tudo, com todos, em toda a história, Para glória Dele.

A igreja invisível, dos santos ainda vive... para glória Dele!  Examine-se o homem a si mesmo!!

Que igreja você é?

Meu povo perece por falta de conhecimento, diz a Palavra.  E você?   Pense nisso!!!!
O que conforta é que perto está o Senhor!   Maranata!

sexta-feira, 23 de junho de 2017

Conversão envolve todo nosso ser se voltando para Deus

Stephen J. Wellum 12 de Maio de 2016 - Salvação
De Gênesis a Apocalipse, as Escrituras são claras em dizer que a conversão é absolutamente necessária para indivíduos experimentarem a salvação e conhecerem a Deus. A menos que nos voltemos do pecado e nos voltemos para Deus, a menos que saibamos experiencialmente o que a Bíblia descreve como uma circuncisão espiritual e sobrenatural do coração (Deuteronômio 30.6; Romanos 2.25-29), não conheceremos a Deus de modo salvífico e iremos permanecer sob seu julgamento e ira (Efésios 2.1-3).
Como Tom Schreiner demonstrou em seus dois artigos (A Conversão no Antigo e Novo Testamento), a necessidade da conversão é ensinada através das Escrituras. Pode não ser o tema central das Escrituras, mas é certamente fundacional à completa história de redenção, especialmente em termos de como a redenção é aplicada ao povo de Deus. À parte da conversão, não podemos conhecer a Deus de forma salvífica. Não podemos experimentar o perdão dos pecados. Não podemos entrar no reino de Deus e no seu reinado salvífico.
Mas, ainda pode ser perguntado: Por que a conversão é necessária?
Entendimento popular x entendimento bíblico
Antes de respondermos essa questão, vale a pena esclarecer que não estamos falando sobre “conversão” no senso popular da palavra, mas no sentido bíblico. Qual a diferença?
Se você fizer uma pesquisa sobre o tema “conversão espiritual”, os resultados predominantes serão algo do tipo: conversão é a “adoção de uma nova religião” ou a “internalização de um novo sistema de crenças”. Essas definições enxergam “conversão” como uma mudança no pensamento de alguém ou de sua perspectiva que, na maioria das vezes, deixa a pessoa fundamentalmente a mesma. Isso é uma conversão não-cristã.
Em vez disso, a conversão cristã depende da obra soberana e sobrenatural do Deus triuno na vida das pessoas. Na conversão, Deus traz pessoas da morte espiritual para vida. Isso capacita-os a abominar o que uma vez amaram – seu pecado e rebelião contra Deus – e a se voltarem para Cristo e confiarem nele.
Três verdades que embasam a necessidade da conversão
Por que esse entendimento da conversão é absolutamente necessário? Três verdades fundacionais sublinham o ensino bíblico sobre conversão e nos ajudam a ver porque a conversão é tão importante nas Escrituras, na teologia e na proclamação do evangelho.
Permitam-me também destacar que essas três verdades são completamente inter-relacionadas. Uma pessoa não pode entender corretamente o que a Bíblia ensina sobre conversão à parte de apreender corretamente essas outras verdades, que é simplesmente um lembrete que nossas crenças teológicas são mutuamente dependentes uma da outra. Ter uma área da nossa teologia depreciada afetará grandemente as outras e isso é certamente verdadeiro em nosso entendimento sobre conversão.
O problema humano
A primeira verdade fundacional que firma e faz sentido ao ensino bíblico sobre conversão é a visão bíblica do problema humano. Mesmo que os seres humanos sejam criados como portadores da imagem de Deus e assim possuam incrível valor e significado, nós nos rebelamos em Adão contra nosso Criador e assim nos tornamos pecadores que estão sujeitos à ira de Deus (Gênesis 3; Romanos 5:12-21).
Quando a Bíblia fala de pecado e de humanos como pecadores, não vê isso como um problema secundário. Não é algo que pode ser remediado por autoajuda, mais educação ou mesmo resoluções pessoais de se tornar uma pessoa melhor. Tais soluções perenemente presentes subestimam muito a natureza do problema humano que as Escrituras descrevem poderosa e graficamente.
Visto biblicamente, o pecado não é somente um problema universal que nenhuma pessoa pode escapar devido nossa solidariedade em Adão como nosso representante do pacto (Romanos 3.9-12, 23; 5.12-21; 1Coríntios 15.22). Em Adão e por nossas próprias escolhas, tornamo-nos rebeldes morais contra Deus, nascidos nesse mundo de criaturas caídas. Essa é uma condição que não podemos mudar por nossa própria iniciativa e ação. E é uma condição que, tristemente, não queremos mudar, à parte da graça soberana de Deus. Em nossa situação de queda, nós não somente nos deleitamos em nosso pecado e de bom grado permanecemos em oposição ao justo reinado de Deus sobre nós, mas essa mesma disposição é evidência que estamos inaptos de nos salvar e nos mudarmos (Romanos 8.7). Como resultado, permanecemos sob o julgamento e ira de Deus (Romanos 8.1; Efésios 2.1-3) quer tomemos conhecimento ou não. Em nosso pecado, nosso estado diante do juiz do universo é de condenação e culpa (Ezequiel 18.20; Romanos 5.12, 15-19; 8.1). As Escrituras descrevem esse estado como morte, tanto em nível espiritual como, em última instância, físico (Gênesis 2.16-17; Efésios 2.1; Romanos 6.23).
Salvação, a remediação bíblica para esse problema, reverte essa situação terrível. E o ponto decisivo nessa reviravolta é a conversão.
O que precisamos é primeiramente de um salvador que possa pagar por nosso pecado diante de Deus, satisfazer os justos requerimentos de Deus e o julgamento dele contra nós. Nosso Senhor Jesus Cristo, o Deus-Filho encarnado, faz justamente isso por nós em sua obra da cruz. Ele satisfaz as demandas do próprio Deus: nosso pecado é pago totalmente (Romanos 3.21-26; Gálatas 3.13-14; Colossenses 2.13-15; Hebreus 2.5-18).
Em adição, não precisamos apenas que nosso pecado seja pago, precisamos também ser trazidos da morte espiritual para vida, que resulta numa transformação de nossa natureza por inteiro (Romanos 6.1-23; Efésios 1.18-23; 2.4-10). Precisamos que o Deus triuno nos chame da morte para vida e, pela agência do Espírito de Deus, dê-nos o novo nascimento (Efésios 1.3-14; João 3.1-8 [1] ). Precisamos de uma ressurreição dos mortos paralela a ressurreição do nosso representante da aliança para que sejamos capacitados a nos voltar do pecado de bom grado, para pôr de lado nossa oposição a Deus e seu reinado, como também para responder em arrependimento e fé ao evangelho (João 3.5; 6.44; 1 Coríntios 2.14).
Resumindo, conversão é necessária porque é parte da solução à séria natureza do problema humano tal qual é descrito pelas Escrituras.
A doutrina de Deus
A segunda verdade fundacional que firma e faz sentido ao ensino bíblico sobre a necessidade de conversão é o ensino bíblico acerca da natureza e caráter de Deus.
Como dito acima, essas duas verdades se explicam mutuamente. O problema humano é o que é por causa do que o Deus da Bíblia é. Nosso problema pode somente ser visto em suas cores verdadeiras à luz do caráter pessoal, justo e santo próprio de Deus.
Conversão é necessária porque como pecadores e criaturas rebeldes não podemos habitar na santa presença de Deus. O pecado não somente transgride o caráter de Deus, que é a lei moral do universo, mas ele também nos separa da presença pactual de Deus (Gênesis 3.21-24; Efésios 2.11-18; Hebreus 9). Nós, que fomos criados para conhecer a Deus e viver diante dele como vice-regentes, governando como pequenos reis e rainhas sobre a criação para glória de Deus, agora permanecemos sob a ira e condenação de Deus.
Portanto, sem o caráter santo de Deus sendo satisfeito na sua própria provisão sacrificial dele mesmo em seu Filho, não podemos conhecer a Deus salvificamente (Romanos 6; Efésios 4.20-24; Colossenses 3.1-14). Além disso, não é suficiente uma transação legal acontecer, importante como essa é no veredito de nossa justificação diante de Deus. Salvação também envolve a remoção interna do pecado e a transformação de nossa inteira natureza caída. Isso começa quando somos unidos a Cristo pela obra de regeneração do Espírito, que nos capacita de bom grado a nos voltarmos do pecado e descansarmos na obra consumada de Cristo nosso Senhor.
Em outras palavras, conversão é absolutamente necessária porque Deus demanda que suas criaturas sejam santas como ele é santo. Portanto, para que habitemos diante dele, devemos ser vestidos com a justiça de Cristo, transformados pelo poder do Espírito e feitos novas criações em Cristo Jesus (2Coríntios 5.17-21). Não há forma de portadores da imagem de Deus serem trazidos de volta ao proposito da sua criação e desfrutarem de todos os benefícios da nova criação sem terem seus pecados pagos completamente, sem serem nascidos novamente pelo Espírito e sem estarem unidos a Cristo pela fé.
Se falharmos em compreender alguma coisa da resplandecente santidade de Deus, sua perfeita justiça e sua exigência que suas criaturas ajam como filhos obedientes e portadores da sua imagem, nunca iremos compreender porque conversão é tão importante nas Escrituras.
Em adição, se não compreenderemos que nossa conversão somente acontece devido a iniciativa soberana do Deus triuno da graça, então nunca apreciaremos a profundidade e a largura do amor de Deus por nós, seu povo.
Conversão envolve arrependimento e fé – nosso eu holístico se voltando para Deus
A terceira verdade fundacional que nos ajuda a entender o ensino bíblico sobre conversão é que ela afeta a pessoa inteira e afeta a pessoa como um todo. Isto é, nas Escrituras, conversão envolve tanto se voltar do pecado (arrependimento) e se voltar para Deus (fé). Ambos são necessários para conversão, e assim arrependimento e fé são vistos corretamente como dois lados da mesma moeda.
Em outras palavras, conversão bíblica nunca é meramente uma mudança de perspectiva intelectual que não resulta em uma mudança na vida do indivíduo. Infelizmente, em muitas de nossas igrejas, encontramos pessoas que professam ter sido convertidas, mas que exibem meramente um assentimento intelectual do evangelho à parte de qualquer evidência de mudança real em suas vidas.
As Escrituras claramente consideram esse tipo de mero assentimento mental como falsa conversão (Mateus 7.1-23). Deus exige que a pessoa por inteiro lhe responda como suas criaturas do pacto: nosso pecado é uma rebelião da pessoa por inteiro contra Deus, e a salvação cristã é uma transformação da pessoa por inteiro, literalmente uma nova criação. Conversão envolve se voltar do pecado e se voltar para Deus. O que envolve a pessoa inteira – seu intelecto, vontade e emoções (Atos 2.37-38; 2 Coríntios 7.10; Hebreus 6.1).
Não é suficiente tirar nosso chapéu para Jesus
Conversão não é opcional. É absolutamente necessária. Não podemos entender salvação e o evangelho à parte de uma visão robusta dela.
O cristianismo nominal, que se prolifera rapidamente em nossas igrejas, não é o cristianismo bíblico. Não é suficiente tirar nosso chapéu para Jesus. Devemos experimentar a obra graciosa e soberana de Deus em nossas vidas, dando-nos nova vida e nos habilitando, por meio da obra do Espírito de Deus, a nos arrependermos e cremos no evangelho.
Nossos entendimentos defeituosos da conversão são geralmente por causa da nossa teologia defeituosa. O remédio para essa situação é retornar às Escrituras de joelhos, pedindo que nosso grande Deus possa reviver novamente sua igreja para que na proclamação do evangelho, homens e mulheres, garotos e garotas, possam se arrepender dos seus pecados e crerem em Cristo Jesus nosso Senhor.
"O método fundamental que Paulo ressalta como o meio para a vida transformada é a renovação da mente. Isso significa nada mais, nada menos que educação. É uma convocação para dominarmos a Palavra de Deus."
- R. C. Sproul,
Deus é Santo!

quarta-feira, 7 de junho de 2017

Os Cinco Pontos do Calvinismo, (conhecidos pelo acróstico TULIP, referente às iniciais dos pontos em inglês) são uma síntese dos cânones teológicos definidos no Sínodo de Dordrecht, no âmbito da disputa entre calvinistas e arminianos acerca das doutrinas da Graça e da Predestinação. Eles refletem a soteriologia típica do movimento calvinista, interpretando a natureza da graça de Deus na salvação da criatura humana. Seu eixo é a afirmação de que Deus é perfeitamente capaz de salvar cada pessoa que Ele tenha a intenção de tornar objeto de sua graça salvadora e que seu trabalho não pode ser frustrado por algo ou alguém que fique no caminho, na tentativa de impedir sua conclusão.
Os cinco pontos do Calvinismo ao contrário do que se deduz pelo senso comum não foram feitos por Calvino e sim a partir de uma contra-argumentação ao protesto que os seguidores de Jacobus Arminius (um professor de seminário holandês) apresentaram ao “Estado da Holanda” em Julho de 1610, um ano após a morte de seu líder. O protesto consistia de “cinco artigos de fé”, baseados nos ensinos de Armínio, e ficou conhecido na história como a “Remonstrance”, ou seja, “O Protesto”. O partido arminiano insistia que os símbolos oficiais de doutrina das Igrejas da Holanda, fizeram com que editassem a calvinaria
(Confissão Belga e Catecismo de Heidelberg) fossem mudados para se conformar com os pontos de vista doutrinários contidos no Protesto. As doutrinas às quais os arminianos fizeram objeção eram as relacionadas com a soberania divina, a inabilidade humana, a eleição incondicional ou predestinação, a redenção particular (ou expiação limitada), a graça irresistível (chamada eficaz) e a perseverança dos santos. Essas são doutrinas ensinadas nesses símbolos da Igreja Holandesa, e os arminianos queriam que elas fossem revistas[1].
Esses Cinco Pontos são:
Em InglêsTradução Livre
T - Total DepravityDepravação Total
U - Unconditional ElectionEleição Incondicional
L - Limited AtonementExpiação Limitada
I - Irresistible GraceGraça Irresistível
P - Perseverance of the SaintsPerseverança dos Santos
  • Depravação total do homem
Também chamada de "depravação radical", "corrupção total" e "incapacidade total". Indica que toda criatura humana, em sua condição atual, ou seja, após a queda, é caracterizada pelo pecado, que a corrompe e contamina, incluindo a mente. Por isso, afirma-se que ninguém é capaz de realizar o que é verdadeiramente bom aos olhos de Deus. Em contrapartida, o ser humano é escravo do pecado, por natureza hostil e rebelde para com Deus, espiritualmente cego para a verdade, incapaz de salvar a si mesmo ou até mesmo de se preparar para a salvação. Só a intervenção direta de Deus pode mudar esta situação.
  • Eleição incondicional
Eleição significa "escolha". É a escolha feita por Deus desde toda a eternidade, daqueles a quem ele concedeu a graça da salvação. Esta escolha não se baseia no simples mérito, ou na fé das pessoas que ele escolhe, mas se baseia em sua decisão soberana e incondicional, irrevogável e insondável. Isso não significa que a mesma salvação final é incondicional, mas que a condição em que assenta (fé) é concedida também pela graça de Deus, como seu presente para aqueles a quem Ele escolheu incondicionalmente.
  • Expiação particular (ou Expiação Limitada)
Também chamada de "redenção particular" ou "redenção definida", significa a doutrina segundo a qual a obra redentora de Cristo foi apenas visando a salvação daqueles que têm sido alvo da graça da salvação. A eficácia salvífica do Cristo redentor, então, não é "universal" ou "potencialmente eficaz" para quem iria recebê-lo, mas especificamente designada para consolidar a salvação daqueles a quem Deus Pai escolheu desde antes da fundação do mundo. Os calvinistas não acreditam que a expiação é limitada em seu valor ou poder (se Deus o Pai quisesse, teria salvo todos os seres humanos sem excepção), mas sim que a expiação é limitada na medida em que foi destinada para alguns e não para todos.
  • Vocação eficaz (ou Graça Irresistível)
Também conhecida como: "graça eficaz", esta doutrina ensina que a influência salvífica do Espírito Santo de Deus é irresistível, superando toda e qualquer resistência. Quando então, Deus soberanamente visa salvar alguém, o indivíduo não tem como resistir à essa graça da vida eterna com o próprio Deus.
  • Perseverança dos santos
Também conhecida como "preservação dos santos" ou "segurança eterna", este quinto ponto sugere que aqueles a quem Deus chamou para a salvação, e depois, à comunhão eterna com ele (" santos ", segundo a Bíblia) não podem cair em desgraça e perder sua salvação. Mesmo que, em suas vidas, o pecado os leve a renunciar à sua profissão de fé, eles (se eles são autênticos eleitos), mais cedo ou mais tarde, retornarão à comunhão com Deus. Essa doutrina é baseada na suposição de que a salvação é obra de Deus do começo ao fim, que Deus é fiel às Suas promessas, e que nada nem ninguém pode impedir Seus propósitos soberanos. Este conceito é ligeiramente diferente do conceito usado em algumas igrejas evangélicas, de "uma vez salvos - salvos para sempre", apesar da apostasia, a falta de arrependimento ou a permanência no pecado, desde que eles tiverem realmente aceito a Cristo no passado. No ensino tradicional calvinista, se uma pessoa cai em apostasia ou não mostra mais sinais de arrependimento genuíno, pode ser prova de que ele nunca foi realmente salvo, e, em seguida, que não fazia parte do número dos eleitos.
O acróstico TULIP em inglês coincide com a palavra tulipa, por este motivo, frequentemente a flor referida é utilizada como símbolo do Calvinismo.

terça-feira, 6 de junho de 2017



VOCÊ NÃO ESTÁ PREGANDO O EVANGELHO QUANDO.....



Quando dois pastores se encontram pela primeira vez, a mesma pergunta sempre surge: quão grande é a sua igreja? E eu entendo. De que forma mais um pastor poderá determinar se é um sucesso ou um fracasso? Ministério pastoral não é como um esporte, no qual até mesmo as estatísticas mais obscuras (média de metros com domínio da bola depois da metade do primeiro tempo) são quantificadas e ganham valor. Ministério não é como os negócios, tampouco, com um relatório financeiro que não é distintamente vermelho ou distintamente preto. Ministério não é como a indústria, a qual é frequentemente resumida a quanto você vendeu e quanto ganhou em cada venda. Não, o ministério é muito mais nebuloso. Equações terrenas para determinar o sucesso ou o fracasso de um pastor são muito mais difíceis de conseguir.
Por causa da sua natureza nebulosa, alguns pastores tentam desesperadamente encontrar alguma medida ou número que os ajude a determinar se estão sendo bem sucedidos. Eles querem se assegurar de que estão fazendo um bom trabalho. Então, eles se voltam ao tamanho de suas congregações ou ao número de vezes que os sermões deles são baixados ou ao número de seguidores no Twitter que possuem ou aos metros quadrados de seus auditórios ou ao tamanho do orçamento da igreja. E ao mesmo tempo em que não há nada inerentemente errado com esses números, eles normalmente não são um bom indicador de se o pastor é ou não fiel à pregação do Evangelho. Na verdade, eles podem até ser enganosos, fazendo com que o pastor pense que ele é bem sucedido, quando, na verdade, é apenas popular (grande diferença).
Então, como um pastor pode saber quando está pregando fielmente o evangelho? Aqui estão alguns indicadores. Você sabe que está pregando o evangelho quando…
Você está menos impressionado consigo mesmo
Antes de poder pregar o evangelho a outros, você tem que ser capaz de pregá-lo para si mesmo primeiro. Você não pode levar outros a beber de um riacho que você mesmo não tenha descoberto. Como você sabe que prega o evangelho a si mesmo? Um sinal é que você está menos impressionado consigo mesmo do que você costumava estar.
Quando nós verdadeiramente entendemos o Evangelho, começamos a perceber que não somos grande coisa afinal. Em 1Coríntios 1:26-29, Paulo diz:
“Irmãos, reparai, pois, na vossa vocação; visto que não foram chamados muitos sábios segundo a carne, nem muitos poderosos, nem muitos de nobre nascimento; pelo contrário, Deus escolheu as coisas loucas do mundo para envergonhar os sábios e escolheu as coisas fracas do mundo para envergonhar as fortes; e Deus escolheu as coisas humildes do mundo, e as desprezadas, e aquelas que não são, para reduzir a nada as que são; a fim de que ninguém se vanglorie na presença de Deus.”
Deus não opera como em um time profissional de futebol. Ele não chama os melhores e os mais brilhantes ao gramado. Em vez disso, ele chama os fracos e os menores à salvação e aí os posiciona no ministério. Se você foi chamado ao ministério, não é porque Deus precisava de você no time dele. É porque ele se deleita em você e o queria em sua família. Quando nós aproximamos nossas mentes ao redor desta verdade monumental, isso nos permite deixar de tentar sermos impressionantes. Deus não está impressionado conosco, e nós também não deveríamos estar.
Você se sente menos impressionante conforme prossegue no ministério? Isso é boa notícia! Isso provavelmente significa que você está pregando o evangelho a você mesmo!
Sua igreja se torna mais bagunçada
Se você está pregando fielmente o evangelho, Deus motivará descrentes a serem salvos. Quando descrentes são salvos, eles vão à sua igreja, e trazem com eles suas bagagens. Salvação nunca acontece num vácuo. Nossos pecados, lutas e fraquezas não desaparecem no momento em que somos salvos. Quando uma mulher anoréxica é salva, ele é completa e totalmente perdoada, mas as chances são grandes de que ela continuará lutando contra a anorexia por algum tempo. Como um pastor, você tem o privilégio de adentrar à bagunça e ajudá-la a andar para fora dela. Quando um fornicador de série é salvo, seus pecados são imediatamente perdoados, mas a libido dele não é desligada. Como um pastor, você tem o privilégio de ficar ao lado dele enquanto ele luta contra a lascívia.
Não esqueça: quando você foi salvo, você trouxe sua bagunça com você (e você ainda é uma bagunça!). Se a sua igreja estiver ficando bagunçada, não fique desencorajado. Isso provavelmente significa que você está pregando fielmente o Evangelho!
As pessoas começam a ser honestas sobre elas mesmas
As boas novas do Evangelho são que Deus nos aceita como nós estamos, não como nós seremos. Em Cristo, nós somos totalmente, completamente e radicalmente aceitos. 100% da justiça de Cristo nos é creditada. Não 50%, não 85% – um glorioso 100%. Se você estiver pregando o evangelho em toda a sua bondade radical, as pessoas vão se sentir seguras em Cristo. Se as pessoas se sentem seguras em Cristo, elas podem parar de agir como se elas tivessem tudo no lugar. Se elas são justas em Cristo, elas não precisam fingir nenhum teatro. Elas, junto com você, podem ser honestas sobre lutas e pecados.
Quando as pessoas começam a ser honestas sobre as lutas delas, as coisas podem ficar… complicadas. Quando uma pessoa confessa atração por pessoas do mesmo sexo ou vício em drogas ou uma compulsão alimentar ou raiva intensa,ou um ato crônico de mentir ou total desesperança, isso pode criar camadas de constrangimento, tensão social e até divisão. Como um pastor, você tem o privilégio de ajudar pessoas a trabalharem através de complicações que o pecado cria. De ajudar pessoas a aplicarem o evangelho à atração pelo mesmo sexo, vício em drogas e raiva.
Se a sua igreja está ficando complicada porque as pessoas estão sendo honestas sobre si mesmas, não fique desanimado! Isso provavelmente significa que você está pregando fielmente o Evangelho.
Conclusão
Ministério não é um jogo de números. Não é ficar maior, melhor ou mais brilhante. Não é sair arrasando ou conquistando títulos. Ministério é bagunça. Ministério é complicado. Ministério é se tornar menos impressionado com você mesmo e mais ferido com o Salvador. Mas isso são boas notícias. Por quê? Porque isso nos permite sair da esteira da performance. Isso nos permite parar de nos sentirmos tão horríveis quando compararmos nossa igreja com outras igrejas. Quando nós estamos realmente pregando o Evangelho, tanto para nós mesmos quanto para outros, isso nos liberta. E isso resulta no tipo de sucesso que dura por toda a eternidade!












Quando dois pastores se encontram pela primeira vez, a mesma pergunta sempre surge: quão grande é a sua igreja? E eu entendo. De que forma mais um pastor poderá determinar se é um sucesso ou um fracasso? Ministério pastoral não é como um esporte, no qual até mesmo as estatísticas mais obscuras (média de metros com domínio da bola depois da metade do primeiro tempo) são quantificadas e ganham valor. Ministério não é como os negócios, tampouco, com um relatório financeiro que não é distintamente vermelho ou distintamente preto. Ministério não é como a indústria, a qual é frequentemente resumida a quanto você vendeu e quanto ganhou em cada venda. Não, o ministério é muito mais nebuloso. Equações terrenas para determinar o sucesso ou o fracasso de um pastor são muito mais difíceis de conseguir.
Por causa da sua natureza nebulosa, alguns pastores tentam desesperadamente encontrar alguma medida ou número que os ajude a determinar se estão sendo bem sucedidos. Eles querem se assegurar de que estão fazendo um bom trabalho. Então, eles se voltam ao tamanho de suas congregações ou ao número de vezes que os sermões deles são baixados ou ao número de seguidores no Twitter que possuem ou aos metros quadrados de seus auditórios ou ao tamanho do orçamento da igreja. E ao mesmo tempo em que não há nada inerentemente errado com esses números, eles normalmente não são um bom indicador de se o pastor é ou não fiel à pregação do Evangelho. Na verdade, eles podem até ser enganosos, fazendo com que o pastor pense que ele é bem sucedido, quando, na verdade, é apenas popular (grande diferença).
Então, como um pastor pode saber quando está pregando fielmente o evangelho? Aqui estão alguns indicadores. Você sabe que está pregando o evangelho quando…
Você está menos impressionado consigo mesmo
Antes de poder pregar o evangelho a outros, você tem que ser capaz de pregá-lo para si mesmo primeiro. Você não pode levar outros a beber de um riacho que você mesmo não tenha descoberto. Como você sabe que prega o evangelho a si mesmo? Um sinal é que você está menos impressionado consigo mesmo do que você costumava estar.
Quando nós verdadeiramente entendemos o Evangelho, começamos a perceber que não somos grande coisa afinal. Em 1Coríntios 1:26-29, Paulo diz:
“Irmãos, reparai, pois, na vossa vocação; visto que não foram chamados muitos sábios segundo a carne, nem muitos poderosos, nem muitos de nobre nascimento; pelo contrário, Deus escolheu as coisas loucas do mundo para envergonhar os sábios e escolheu as coisas fracas do mundo para envergonhar as fortes; e Deus escolheu as coisas humildes do mundo, e as desprezadas, e aquelas que não são, para reduzir a nada as que são; a fim de que ninguém se vanglorie na presença de Deus.”
Deus não opera como em um time profissional de futebol. Ele não chama os melhores e os mais brilhantes ao gramado. Em vez disso, ele chama os fracos e os menores à salvação e aí os posiciona no ministério. Se você foi chamado ao ministério, não é porque Deus precisava de você no time dele. É porque ele se deleita em você e o queria em sua família. Quando nós aproximamos nossas mentes ao redor desta verdade monumental, isso nos permite deixar de tentar sermos impressionantes. Deus não está impressionado conosco, e nós também não deveríamos estar.
Você se sente menos impressionante conforme prossegue no ministério? Isso é boa notícia! Isso provavelmente significa que você está pregando o evangelho a você mesmo!
Sua igreja se torna mais bagunçada
Se você está pregando fielmente o evangelho, Deus motivará descrentes a serem salvos. Quando descrentes são salvos, eles vão à sua igreja, e trazem com eles suas bagagens. Salvação nunca acontece num vácuo. Nossos pecados, lutas e fraquezas não desaparecem no momento em que somos salvos. Quando uma mulher anoréxica é salva, ele é completa e totalmente perdoada, mas as chances são grandes de que ela continuará lutando contra a anorexia por algum tempo. Como um pastor, você tem o privilégio de adentrar à bagunça e ajudá-la a andar para fora dela. Quando um fornicador de série é salvo, seus pecados são imediatamente perdoados, mas a libido dele não é desligada. Como um pastor, você tem o privilégio de ficar ao lado dele enquanto ele luta contra a lascívia.
Não esqueça: quando você foi salvo, você trouxe sua bagunça com você (e você ainda é uma bagunça!). Se a sua igreja estiver ficando bagunçada, não fique desencorajado. Isso provavelmente significa que você está pregando fielmente o Evangelho!
As pessoas começam a ser honestas sobre elas mesmas
As boas novas do Evangelho são que Deus nos aceita como nós estamos, não como nós seremos. Em Cristo, nós somos totalmente, completamente e radicalmente aceitos. 100% da justiça de Cristo nos é creditada. Não 50%, não 85% – um glorioso 100%. Se você estiver pregando o evangelho em toda a sua bondade radical, as pessoas vão se sentir seguras em Cristo. Se as pessoas se sentem seguras em Cristo, elas podem parar de agir como se elas tivessem tudo no lugar. Se elas são justas em Cristo, elas não precisam fingir nenhum teatro. Elas, junto com você, podem ser honestas sobre lutas e pecados.
Quando as pessoas começam a ser honestas sobre as lutas delas, as coisas podem ficar… complicadas. Quando uma pessoa confessa atração por pessoas do mesmo sexo ou vício em drogas ou uma compulsão alimentar ou raiva intensa,ou um ato crônico de mentir ou total desesperança, isso pode criar camadas de constrangimento, tensão social e até divisão. Como um pastor, você tem o privilégio de ajudar pessoas a trabalharem através de complicações que o pecado cria. De ajudar pessoas a aplicarem o evangelho à atração pelo mesmo sexo, vício em drogas e raiva.
Se a sua igreja está ficando complicada porque as pessoas estão sendo honestas sobre si mesmas, não fique desanimado! Isso provavelmente significa que você está pregando fielmente o Evangelho.
Conclusão
Ministério não é um jogo de números. Não é ficar maior, melhor ou mais brilhante. Não é sair arrasando ou conquistando títulos. Ministério é bagunça. Ministério é complicado. Ministério é se tornar menos impressionado com você mesmo e mais ferido com o Salvador. Mas isso são boas notícias. Por quê? Porque isso nos permite sair da esteira da performance. Isso nos permite parar de nos sentirmos tão horríveis quando compararmos nossa igreja com outras igrejas. Quando nós estamos realmente pregando o Evangelho, tanto para nós mesmos quanto para outros, isso nos liberta. E isso resulta no tipo de sucesso que dura por toda a eternidade!

Exibindo






Estou em dúvida se valeria a pena gastar demasiado tempo com a exposição sobre o valor desta Epístola. Minha incerteza tem por base o simples receio de que, ao comentá-la, não venha a afetar ou a minimizar sua grandeza, e que minhas observações não venham simplesmente a obscurecê-la, em vez esclarecê-la. Deve-se também ao fato de que, em seu próprio início, a Epístola se introduz melhor e melhor se explica, em termos muito mais claros, do que qualquer comentário poderia descrever. Portanto, ser-me-á preferível que, sem delonga, me introduza no próprio tema. Tal fato nos comprovará, além de toda dúvida, que entre as muitas e notáveis virtudes, a Epístola possui uma, em particular, a qual nunca é suficientemente apreciada, a saber: se porventura conseguirmos atingir uma genuína compreensão desta Epístola, teremos aberto uma amplíssima porta de acesso aos mais profundos tesouros da Escritura.
A Epístola toda é tão metódica, que o próprio início dela é artisticamente composto. A arte do escritor se faz notória em muitos pontos, o que notaremos à medida que avançarmos na leitura, mas é particularmente exibida na maneira pela qual o argumento principal é deduzido. Tendo começado com as provas de seu apostolado, ele se desvia deste assunto para enaltecer o evangelho. Visto, porém, que este enaltecimento [do evangelho] é inevitavelmente acompanhado de uma controvérsia sobre a fé, ele transita para esta, tomando o texto como sua diretriz. Daí ele entra no assunto principal de toda a Epístola, que consiste na justificação pela fé.
Na discussão sobre este tema – justificação pela fé – ele envolveu os capítulos um cinco. O tema destes capítulos, portanto, pode ser assim formulado: O homem encontra sua justificação única e exclusivamente na misericórdia de Deus, em Cristo, ao ser ela oferecida no evangelho e recebida pela fé. Mas o homem se acha adormecido em seus pecados. E aí permanecerá satisfeito a enganar a si próprio com a falsa idéia de justiça, idéia essa que o faz acreditar não haver necessidade alguma de obter a justiça pela fé, a menos que já se ache despertado para a inutilidade de sua autoconfiança. Por outro lado, ele se acha tão intoxicado pelos deleites de sua concupiscência, e tão profundamente submerso em seu estado displicente, que dificilmente se despertará para ir em busca da justiça [divina], a menos que seja ferroado pelo temor do juízo divino. O apóstolo, pois, faz duas coisas, a saber: convence o homem de sua impiedade; e, em seguida, o desperta de sua indolência.
Em primeiro lugar, ele condena toda a humanidade, desde os tempos da criação do mundo, por sua ingratidão, visto que não há quem reconheça o Supremo Artífice na incomensurável excelência de suas obras. Aliás, quando os homens são compelidos a reconhecê-lo, não honram sua majestade com o devido respeito; ao contrário, em sua loucura, a profanam e a desonram. Ele acusa todos os homens desta impiedade, a qual é o mais detestável de todos os crimes. Para provar mais precisamente que toda a humanidade se desviou do Senhor, o apóstolo registra os atos pútridos e terrificantes que os homens, em toda parte, estão sujeitos a cometer. Este é um argumento conclusivo de que apostataram de Deus, pois tais atos ímpios são evidências da ira divina, e devem ser encontrados somente nos ímpios. Entretanto, os judeus e alguns gentios dissimularam sua impiedade interior com um manto de santidade externa, e de forma alguma pareceria que seriam condenados por tais feitos malignos, e portanto presumiam que se achavam isentos da condenação comum que paira sobre todos os homens. É por esta razão que o apóstolo dirige suas declarações contra essa dissimulada santidade. Visto que tal máscara de santidade dificilmente poderia ser retirada dos santarrões [sanctulis – santos inferiores], Paulo os convoca a comparecerem perante o tribunal de Deus, cujos olhos jamais deixam de ver até mesmo os desejos mais secretos dos homens.
Em seguida ele divide seu discurso, colocando os judeus e os gentios em separado diante do tribunal divino. No caso dos gentios, ele os priva do pretexto de ignorância, a qual defendem, porque sua consciência, diz ele, era para eles uma lei, e por isso estavam fartamente convictos de que eram culpados. No tocante aos judeus, veementemente os concita a aceitarem o mesmo fato pelo uso do qual se defendiam, ou, seja: as Escrituras. Uma vez provado que eram transgressores das Escrituras, não podiam mais justificar sua impiedade, pois os lábios divinos já haviam pronunciado a sentença contra eles. Ao mesmo tempo, o apóstolo se previne contra a objeção que bem poderiam lhe fazer, ou, seja: que o pacto divino, o qual era para eles a insígnia da santidade, teria sido violado caso nenhuma distinção fosse feita entre eles e os demais.
Ele mostra, primeiramente, que a posse do pacto por parte deles era mais excelente do que em referência aos demais, visto que apostataram dele em sua infidelidade. Contudo, para não detrair nada da fidelidade da promessa divina, ele também alega que o pacto lhes conferira algum privilégio, mas que este consistia na misericórdia de Deus e não nos próprios méritos deles. Portanto, no que concerne a suas qualificações particulares, permaneciam num só nível com os gentios. Ele então prova, a partir da autoridade da Escritura, que judeus e gentios são todos pecadores. Faz ainda neste ponto alguma referência ao uso da lei.
Ao despojar abertamente toda a humanidade de sua confiança em sua própria virtude, e de gloriar-se em sua própria justiça, bem como deixando-os sucumbidos diante do juízo divino, então retorna à sua proposição anterior, ou, seja: somos justificados pela fé. Ele explica o que fé significa e como podemos alcançar a justiça de Cristo mediante a mesma fé.
A isso ele adiciona, no final do capítulo três, uma excelente conclusão, a fim de reprimir o ímpeto da soberba humana, e obstrui sua ousadia de ir contra a graça de Deus. Para que os judeus não viessem restringir o imensurável favor divino à sua própria nação, ele o reivindica também para os gentios.
No capítulo quatro, para ratificar sua opinião, ele apresenta um exemplo claro e notável, portanto sem chance de réplica. Visto que Abraão é o pai dos fiéis, ele deve ser tido como padrão e tipo geral. Tendo provado, pois, que Abraão foi justificado pela fé, ele nos ensina que devemos prosseguir neste curso. Ao fazer um contraste entre os opositores, o apóstolo acrescenta que a justiça [procedente] das obras desaparece onde damos lugar à justiça [procedente] da fé. Confirma isso através do testemunho de Davi que, uma vez fazendo a bem-aventurança do homem depender da misericórdia divina, priva as obras humanas da virtude de fazer o homem feliz.
Então trata mais consistentemente do tema sobre o qual só tocara de leve, a saber: os judeus eram destituídos de razão em exaltar-se acima dos gentios, visto que esta bem-aventurança é comum a ambos. A Escritura testifica que Abraão alcançou a justificação quando ainda incircunciso. Ele aproveita a oportunidade para fazer algumas observações nesta passagem sobre o uso da circuncisão. Em seguida, acrescenta que a promessa da salvação depende tão-só da munificência divina. Se ela dependesse da lei, então não traria nenhuma paz às consciências humanas, onde ela deve ser solidamente estabelecida, nem tampouco seria ela jamais consolidada. Portanto, para que nossa salvação seja sólida e garantida, temos que abraçar e levar em conta unicamente a verdade de Deus, e nada em nós mesmos. Nisto urge que sigamos o exemplo de Abraão, que desviou sua atenção de si próprio e volveu-a tão-somente para o poder de Deus. No final do capítulo, ele compara duas coisas, as quais têm pontos semelhantes de comparação, a fim de fazer uma aplicação mais ampla do exemplo que citara.
capítulo cinco realça o fruto e efeitos da justiça [procedente] da fé, mas é quase totalmente dedicado a expandir o que o apóstolo dissera, a fim de fazer seu enfoque ainda mais nítido. Ele argúi a maiori para mostrar o quanto nós, que fomos redimidos e reconciliados com Deus, devemos esperar de seu amor, o qual derramou com tal riqueza sobre os pecadores, que nos deu seu Unigênito e Amado Filho. Em seguida, ele traça uma comparação entre pecado e justiça gratuita, Cristo e Adão, morte e vida, lei e graça. Daqui se depreende que, por mais numerosos que nossos erros sejam, eles são destruídos pela infinita munificência divina.
No capítulo seis, ele volta a discutir a santificação que obtemos em Cristo. É deveras natural que nossa carne, tão logo tenha saboreado um pouquinho do conhecimento da graça, então se entrega com regalo a seus vícios e desejos, sem qualquer perturbação, como se já estivesse totalmente isenta de todos os perigos. Contra isso o apóstolo afirma que não podemos receber a justiça de Cristo sem, ao mesmo tempo, receber também sua santificação. Ele apresenta seu argumento com base no batismo, por meio do qual somos iniciados na participação de Cristo [per quem in Christi participationem initiamur]. No batismo somos sepultados com Cristo a fim de morrermos para nós mesmos e ressuscitarmos através de sua vida para novidade de vida. Segue-se, pois, que ninguém pode revestir-se da justiça de Cristo sem antes ser regenerado. Paulo usa este fato como a base de sua exortação à pureza e santidade de vida. Tal pureza e santidade devem ser demonstradas naqueles que renunciaram a impiedosa indulgência da carne, a qual busca em Cristo maior liberdade para o pecado; sim, aqueles que se transferiram do reino do pecado para o reino da justiça. Paulo também menciona sucintamente a anulação da lei, na qual o Novo Testamento resplandece, pois o Espírito Santo nos é prometido nele, juntamente com a remissão de pecados.
No capítulo sete, ele inicia uma discussão imparcial concernente à utilidade da lei. Ele mencionara este fato ao discutir previamente outro tema. Fomos libertados da lei, diz ele, porque ela, em si mesma, nada pode fazer senão nos condenar. Todavia, para que seu argumento não expusesse a lei à reprovação, ele insiste veementemente que ela está livre de toda e qualquer acusação. A culpa é toda nossa, explica ele, se a lei, que nos fora dada para a vida, provou ser veículo de morte. Ao mesmo tempo, explica como a lei faz o pecado avolumar-se. Deste tema, ele transita para a descrição da batalha que se deflagra entre o Espírito e a carne, experienciada pelos filhos de Deus enquanto se acham presos pelas cadeias de nosso corpo mortal. Os crentes levam consigo restos de cobiça, por meio dos quais são continuamente extraviados de sua obediência à lei.
capítulo oito contém consolações que vêm em socorro da consciência dos crentes, a fim de que ela não seja estrangulada pelo terror ou a sucumbir-se, descobrindo que infringiu a lei, ou percebendo que sua obediência é por demais imperfeita, do quê já éramos acusados desde outrora. Mas, para que os ímpios não tenham, por esse motivo, razão para enfatuar-se, ele, antes de tudo, afirma que este benefício pertence unicamente aos regenerados, em quem o Espírito de Deus vive e a quem ele enriquece. Ele, pois, explica duas verdades. Em primeiro lugar, aqueles que se acham enxertados em Cristo, nosso Senhor, por meio de seu Espírito, estão fora de perigo ou da probabilidade de sofrer condenação, ainda que sejam responsabilizados por seus pecados [atuais]. Em segundo lugar, se os que permanecem na carne estão destituídos da santificação do Espírito, nenhum deles tem qualquer participação nesta grande bênção. Em seguida, ele explica quão imensurável é a segurança de nossa fé, visto que ela, pelo próprio testemunho do Espírito de Deus, afasta todas nossas dúvidas e temores. Ele ainda mostra, à guisa de antecipar objeções, que nossa segurança de vida eterna não pode ser interrompida nem perturbada pelas ansiedades desta vida atual, às quais estamos sujeitos em nossa vida mortal. Ao contrário disso, nossa salvação é promovida por tais tribulações, e, em comparação com a excelência de nossa salvação, todos nossos atuais sofrimentos são reputados como nada. Ele afirma isso com base no exemplo de Cristo, ou, seja: visto ser ele o Primogênito e Cabeça da família de Deus, é a imagem à qual devemos nos conformar. Visto, pois, que nossa salvação está garantida, ele conclui com uma nota de esplêndido louvor, na qual ele com exultação triunfa sobre o poder e estratagema de Satanás.
A maioria dos homens ficava terrivelmente conturbada ao olhar para os judeus – que eram os principais guardiães e herdeiros do pacto – rejeitarem a Cristo, pois este fato lhes provava, ou que o pacto era removido da semente de Abraão, que desdenhava seu cumprimento, ou que Cristo não era o Redentor prometido, visto que ele não fizera melhor provisão para o povo de Israel.
Paulo, portanto, começa a responder esta objeção no início do capítulo nove. Ele inicia falando do amor divino para com o próprio povo do pacto, para que não ficasse a impressão de que falava com malícia. Ao mesmo tempo, ele faz uma graciosa referência àquelas distinções pelas quais os judeus exceliam outras nações, e passa paulatinamente a sua tarefa de remover o escândalo que emana da cegueira de Israel. Ele divide os filhos de Abraão em duas estirpes, com o fim de mostrar que nem todos aqueles que eram seus descendentes físicos devem ser considerados sua progênie e participantes na graça do pacto. Ao contrário disso, mesmo os estrangeiros se convertem em seus filhos uma vez introduzidos no pacto, pela fé. Há um exemplo desta verdade no caso de Jacó e Esaú. Paulo, pois, nos remete, aqui, à eleição divina, a qual devemos considerar como a fonte de toda esta questão. Visto que nossa eleição repousa tão-só na misericórdia divina, debalde buscamos sua causa na dignidade humana. Não obstante, por outro lado temos a rejeição divina. Ainda que a justiça desta rejeição esteja fora de qualquer dúvida, não há nenhuma outra causa para ela além da vontade de Deus. Chegando ao final do capítulo, ele mostra que tanto a vocação dos gentios quanto a rejeição dos judeus foram testemunhadas pelos profetas.
No capítulo dez, ele começa novamente testificando de seu amor para com os judeus, e declara que sua infundada confiança em suas obras era a causa de sua destruição. Ele os priva de fazer uso da lei como escusa, dizendo que a lei também nos guia à justiça [procedente] da fé. Esta justiça, acrescenta ele, é oferecida, sem distinção, a todas as nações mediante a munificência divina, mas só é aceita por aqueles a quem o Senhor ilumina com a graça especial. Ainda que mais gentios que judeus tenham obtido esta bênção, ele mostra que isso também foi profetizado por Moisés e Isaías: o primeiro profetizou sobre a vocação dos gentios; e o último, sobre o endurecimento dos judeus.
Restava, contudo, a pergunta se o pacto divino fizera alguma diferença entre a progênie de Abraão e as demais nações. Em busca de resposta, Paulo primeiramente nos lembra que a obra de Deus não deve ser confinada ao que os olhos podem ver, pois a eleição às vezes vai além de nossa compreensão. Elias estava inicialmente equivocado quando concluiu que a religião havia perecido em Israel, porquanto havia ainda sete mil vivos. O apóstolo também nos convida a não nos afligirmos ante o vasto número de incrédulos, para quem o evangelho não passa de algo repugnante. Finalmente, ele assevera que o pacto persiste mesmo nos descendentes físicos de Abraão, mas só é eficaz naqueles a quem o Senhor predestinou por sua eleição soberana. Ele, pois, volta em direção dos gentios e os adverte a não se esquecerem de refrear sua vanglória em relação a sua adoção. Eles não podem excluir os judeus como se houvessem sido rejeitados peremptoriamente, visto que eles só são aceitos pelo Senhor pelo prisma da graça, a qual deve ser-lhes causa de humildade. O pacto divino não foi totalmente apagado da progênie de Abraão, pois os judeus são, de certo modo, provocados à emulação pela fé dos gentios, para que Deus pudesse atrair a si todo o Israel.
Os três capítulos que se seguem são de caráter hortativo, porém cada um é distinto do outro. O capítulo doze contém normas gerais para a vida cristã. O capítulo treze trata, em sua maior parte, da autoridade dos magistrados. É uma provável pressuposição que houvesse algumas pessoas irrequietas que imaginavam que não pode haver liberdade cristã sem que o poder civil seja antes destruído. Para evitar a aparência de estar impondo deveres sobre a Igreja além daqueles atinentes ao amor, Paulo mostra que esta obediência também é uma parte do amor. Em seguida ele adiciona aqueles preceitos que regulamentam nossa vida, o que já havia mencionado.
No capítulo quatorze, ele dirige uma exortação que era particularmente necessária para aquele período. Houve alguns, cuja obstinada superstição os levou a insistir na observância dos ritos mosaicos, porque não suportavam vê-los sendo negligenciados sem que se sentissem ainda mais fortemente ofendidos. Em contrapartida, aqueles que tinham consciência de sua anulação, para destruir tal superstição, davam a entender, deliberadamente, que não tinham por eles nenhuma consideração. Ambos os lados ofendiam com seus excessos. Os supersticiosos desprezavam os outros como sendo zombadores da lei divina; enquanto que os últimos injuriosamente motejavam da ingenuidade daqueles. O apóstolo, pois, recomenda a ambos aquela discrição judiciosa, e convida os primeiros a refrear seu desprezo e exagero, e os últimos a evitar todo gênero de escândalo. Ao mesmo tempo, ele prescreve a melhor forma de se exercer a liberdade cristã, a qual é mantida dentro dos limites do amor e da edificação. Aos fracos, ele dá um bom conselho, proibindo-os de fazer alguma coisa que ofenda sua própria consciência.
capítulo quinze começa com uma repetição de seu argumento geral como uma conclusão de todo seu tema, ou, seja: os fortes devem usar sua força na confirmação dos fracos. Visto que os judeus e os gentios viviam em contínua controvérsia sobre as cerimônias mosaicas, ele resolve toda a rivalidade entre eles, removendo a causa de seu orgulho. Mostra que a salvação de ambos repousa tão-somente na misericórdia divina. É nela que devem pôr sua confiança, e devem pôr de lado todo e qualquer pensamento em sua própria exaltação, pois é pela misericórdia divina que são mantidos unidos na esperança de uma única herança e podem abraçar-se com toda cordialidade.
Finalmente, desejando desviar-se com o propósito de enaltecer seu próprio apostolado, o qual assegurava não pouca autoridade a sua doutrina, ele aproveita a ocasião para defender-se e reprovar a suspeita de haver assumido o ofício de mestre entre eles com demasiada confiança. Ele ainda lhes oferece algumas bases para a esperança de sua visita entre eles, ainda que, como dissera no início da Epístola, até agora buscara e tentara em vão fazer isso. Ele explica por que fora até então impedido de visitá-los, ou seja: as igrejas da Macedônia e da Acaia o incumbiram da tarefa de levar a Jerusalém os donativos que coletaram com o intuito de aliviar as necessidades dos crentes que viviam naquela cidade.
capítulo dezesseis é quase inteiramente dedicado a saudações, embora haja alguns admiráveis preceitos aqui e ali. Conclui-se com uma notável oração.
A IGREJA MODERNA E A URGENTE NECESSIDADE DE REFORMA

Certa vez, ainda novo convertido, conversando com uma professora de seminário que me dava aulas particulares, fiz uma pergunta à mesma e a resposta foi um tanto incômoda e enigmática (para não dizer decepcionante) para mim.  Vindo da igreja romana, perguntei à ela: "Nossa igreja é a mesma da época dos apóstolos, OK? Somos como a igreja de Atos?" A resposta não foi o que eu esperava: "Não! Estamos muito distantes do que a igreja representava nessa época onde o poder de Deus era evidente e principalmente sobre a pregação da Escrituras."  Bomba!  Novo convertido, com todo o gás, vivendo aquele primeiro amor maravilhoso e ouvindo algo inesperado, me trouxe algumas reflexões ao longo dos anos.
Essa asseveração não abalou a fé em Cristo e nas Escrituras, mas colocou para pensar sobre o assunto e uma voz de "como assim????" ecoava em minha mente sem parar.  Mas a vida vai seguindo; a caminhada continuou e nos idos do novo século (exatamente em 2004), me deparei com as, até então desconhecidas para mim, doutrinas da graça!  "Mas o que é isso?", pensei eu.  Foi quando comecei a pesquisar com mais exatidão as Escrituras, amparado por diversas literaturas abençoadíssimas, sem por de lado o que realmente importava, a Bíblia.
Por fim, descobri diversas respostas para muitas perguntas que fazia em meu coração e minha mente foi iluminada e esclarecida pelo Espírito Santo acerca do que as Sagradas Letras ensinavam em relação à salvação, justificação pela fé e tantas doutrinas esquecidas e abafadas (intencionalmente ou não) por grande parte da igreja moderna.
Treze anos depois, percebo que o que estava mal, ficou pior ainda.  A igreja se afastou da sã doutrina em sua esmagadora maioria, vivendo um cristianismo sem preocupação doutrinária, sem amparo bíblico, levando o homem ao centro do Evangelho, quando o verdadeiro centro de tudo que existe é posto de lado: JESUS CRISTO, o Nosso Senhor e Salvador.
Homens se colocam no lugar do Messias, como se fossem o próprio, inflamando multidões em suas concupiscências e desejos, deixando a vontade de Deus de lado. "Pare de sofrer" é só uma das armadilhas de algumas igrejas Neo Pentecostais espalhadas pelo mundo à fora (não só Brasil).
Homens ardilosos, mercadores da fé, enganam as multidões, que sem interesse nenhum na Palavra de Deus, vivendo de "caixinha de promessas", seguem cegamente esses homens, como se fossem o próprio Cristo, sem se atentar e proceder como os de Beréia, em procurar nas Escrituras a Vontade e o Caminho verdadeiro.
Como foi pregado insistentemente na última Semana Teológica (evento do Projeto Água da Vida em Niterói em parceria com as edições Vida Nova), de 22 à 26 de maio deste ano marcante, pelos 500 anos da Reforma, a igreja precisa urgente de uma sacudida e um retorno urgente aos preceitos do movimento que mudou não somente a Igreja, mas o mundo da época também. Precisamos novamente de homens de Deus, como escreveu certa vez A. W. Tozer.  As Escrituras, tão negligenciadas em nossos tempos, tem que voltar aos púlpitos.  Chega de pregações rasas e engraçadas.  Que venham as pregações constrangedoras, marcas das pregações dos profetas e  apóstolos e principalmente do Senhor Jesus.  Pregações que fizeram parte desse movimento de avivamento trazido por Deus, onde o pecado era exposto e o peso do mesmo era sentido por todos que, em verdadeiro arrependimento, se voltavam para o Rei Eterno, confessando seus pecados e se voltando completamente para Ele. Um avivamento é necessário urgentemente!!!!
Um desejo de igreja cheia, com bastante arrecadação financeira não cabe neste discurso puramente bíblico!  O Caminho tem ser exposto sem medo ou temor de perder membros!  O confronto é inevitável! O problema é que muitos querem passar um evangelho sem arrependimento, sem confissão de pecados, desprovido de verdades que nos constrangem e nos fazem, realmente uma igreja pálida em relação ao que vemos na Bíblia e na Igreja da Reforma.
Que nos arrependamos dos nossos pecados e busquemos ser essa igreja, pois o povo de Deus sempre teve os remanescentes!  Seremos nós esses?  Ou vamos permanecer nessa inércia, trabalhando na igreja para que tudo fique nos seus lugares, sem nos incomodar?
Que revivamos realmente, sem máscaras, os pilares da fé:  Sola Gratia, Sola Fide, Sola Scriptura, Solus Christus, Soli Deo Gloria ( Somente pela graça, pela fé, pelas Escrituras, somente Cristo e Glória somente à Deus!!

Que o Senhor Jesus nos abençoe e o Espírito Santo nos guie e nos guardo do sutil engano dos nossos tempos!!!